100 Jahre Malte Laurids Brigge

Vor 100 Jahren, genau am 31. Mai 1910, erschienen zum ersten Mal Die Aufzeichnungen des Malte Laurids Brigge. Natürlich ist das ein Datum, das im deutschsprachigen Kulturkreis nicht unkommentiert blieb, ja Gelegenheit zu einer Jubiläumsausgabe im Manesse Verlag gab, die Ausgangspunkt diverser Essays ist:

Berliner Zeitung

Im Scheinwerfer des Herzens

Vor hundert Jahren erschien Rilkes Epochenbuch "Die Aufzeichnungen des Malte Laurids Brigge"

Manfred Schwarz

Bereits einen Monat zuvor erschienen:

Rilkes „Brigge“ wird 100

Das opus magnum des Wortmagiers zum Wiederlesen

Dorothee Arndt

© Die Berliner Literaturkritik, 30.04.10


Aber mich interessierte natürlich auch, ob sich jemand in Portugal daran erinnerte - und siehe da, in der portugiesischen Blogosphäre finde ich in Contra Mundum aus der Feder von H.G.Cancela Anmerkungen zu Os Cadernos de Malte Laurids Brigge vom 23.Mai 2010, die mit einem vergleichenden Lob enden und den Ort in der portugiesischen Leselandschaft markieren:

É um livro de formação, um livro do final da adolescência — já não o momento da descoberta, mas o da consciência dos limites da própria descoberta. Depois deste livro, textos como (por exemplo, e reportando-nos a uma obra com a qual partilha muitas afinidades) o Livro do Desassossego surgem de uma quase confrangedora banalidade. Espantoso exercício de afirmação de fé na escrita e nos seus limites, o romance de Rilke surge como instrumento senão de redenção, pelo menos de reconstrução da sua impossibilidade:

«Este jovem, este estrangeiro sem importância, este Brigge, terá de se sentar no seu quinto andar e escrever, dia e noite: sim, terá de escrever, e isso será o fim.»

Na tradução de Paulo Quintela, este é um dos mais importantes livros em língua portuguesa do século XX.

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